Nicolás Maduro, lançou críticas aos sistemas eleitorais do Brasil, Estados Unidos e Colômbia durante um comício na noite de terça-feira (23). Sem provas, ele afirmou que no Brasil não há auditoria das atas eleitorais. Comentário foi feito em meio a troca de farpas entre ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante semana de eleições da Venezuela. O chefe do executivo brasileiro e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rebateram as acusações do ditador.
"Temos o melhor sistema eleitoral do mundo. Tem 16 auditorias e se fazem auditorias em tempo real em 54% das mesas. Em que outra parte do mundo fazem isso? Nos EUA?", questiona Maduro enquanto apoiadores sacodem a mão em negativa atrás de si e o público grita "não".
O ditador continuou questionando sistema eleitoral brasileiro. "É inauditável o sistema eleitoral. No Brasil? Não auditam nenhuma ata no Brasil. Na Colômbia? Não auditam nenhuma ata. Na Venezuela auditamos em tempo real, nas mesas, 54%", completa.
O que diz TSE e Lula
No Brasil, a Justiça Eleitoral é a responsável por realizar a auditoria das urnas eletrônicas. O Tribunal Superior Eleitoral detalha como o processo funciona em seu site. Os procedimentos começam um mês antes da eleição e seguem até o domingo do pleito.
No dia da eleição é feita a chamada "votação paralela". A integridade da urna é testada por meio da digitalização dos votos tanto da urna quanto do sistema paralelo. Câmeras filmam os números digitados no teclado da urna.
"Ao final da votação, a urna imprime um Boletim de Urna (BU), e o sistema auxiliar também emite um boletim. Os dados dos dois são comparados pela comissão de auditoria, e é verificado se a urna funcionou normalmente, bem como se foram registrados exatamente os votos das cédulas digitados na urna", explica o TSE em seu site.
"Todo o processo é monitorado e seguido pelos representantes indicados, e pode ser acompanhado também por qualquer interessado. Muitos TREs inclusive transmitem a auditoria ao vivo, pelo YouTube", completa.
Conforme o blog de Valdo Cruz, do g1, o governo classificou as falas como "provocação desrespeitosa".