Após estar com feirantes da rua José Avelino, na madrugada desta quarta-feira (25), o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Antônio Henrique (PDT), sinalizou que uma das propostas para tentar resolver o impasse na região é que o comércio de rua no local ocorra apenas na madrugada. O pedetista discursou sobre o assunto em plenário na manhã desta quarta.
Também durante as primeiras horas do dia, um grupo de vereadores da oposição ao governo do prefeito José Sarto (PDT) esteve na rua José Avelino e conversou com comerciantes informais.
Estiveram no local os parlamentares Carmelo Neto (Republicanos), Márcio Martins (Pros), Inspetor Alberto (Pros), Julierme Sena (Pros), Sargento Reginauro (Pros), Ronaldo Martins (Republicanos) e o deputado estadual Soldado Noélio (Pros).
Os opositores defendem que o movimento do comércio possa ir até as 7 horas da manhã, e não até as 5 horas, como propõe estabelecer a Prefeitura.
A questão, mais uma vez, permeou pronunciamentos de vereadores na tribuna durante a sessão na Câmara.
Uma reunião ocorreu na última segunda-feira (23), dando sequência às negociações entre Prefeitura, Câmara e representantes dos trabalhadores da José Avelino. Outros encontros devem ocorrer até o fim da semana.
O presidente Antônio Henrique é o único membro do Legislativo na comissão. O líder da oposição na Casa, vereador Márcio Martins, no entanto, pediu que na próxima reunião haja também um representante de seu grupo político nas tomadas de decisão.
Feira na madrugada
O próximo passo é fazer um cruzamento de dados com o nome dos feirantes que já trabalham na feira, para que a gestão municipal possa estabelecer um cadastro próprio de regulamentação.
Na tribuna da Câmara, o presidente reiterou, no entanto, que anteriormente a Feira da rua José Avelino se chamava “Feira da Madrugada”, e que o horário de funcionamento do comércio no local deve ser restringir a esse horário.
Um dos argumentos é de que, ao passar das cinco horas da manhã, as mercadorias e barracas em desordem nas ruas do Centro atrapalham o fluxo do trânsito de carros e pedestres no local.
A feira não é regulamentada, em nenhum horário. Oficialmente não existe o regulamento para que a feira aconteça. Estamos tentando encontrar uma saída, que é a Prefeitura receber o cadastro [dos feirantes]".
Márcio Martins, por sua vez, defendeu que o funcionamento do comércio no local possa ser ate as 7 horas.
[O presidente] teve oportunidade de ouvir dos feirantes algumas coisas que são inegociáveis. A mudança de horário da feira, por exemplo. Os feirantes não abrem mão da feira encerrar às 7 horas da manhã, terão prejuízo".
Antônio Henrique também sugeriu que galpões próximos ao local onde hoje ocorre a feira possem ser usados para, no futuro, acomodar barracas e mercadorias durante a madrugada.
“O problema que hoje temos é que não há autorização nenhuma, para horário nenhum. Se a gente conseguir fazer essa organização, que aconteça em determinado horário, acredito que vamos ter uma solução. Se não tem horário nenhum, todo horário é proibido.”, finalizou Henrique.