O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou restrições sobre o número de armas e munições que podem ser obtidas por CACs (caçadores, atiradores e colecionadores). Segundo ele, que tomou a decisão nesta segunda-feira (5), a época da campanha eleitoral pode aumentar o risco de violência política.
Conforme a decisão de Fachin, a posse de armas só pode ser autorizada a pessoas que demonstrem "efetiva necessidade" do uso desses equipamentos.
O pedido para as restrições foi atendido de forma liminar, ou seja, provisória, por meio de duas ações do PSB e uma do PT.
Os partidos se manifestaram contra trechos de decretos e portaria do governo Jair Bolsonaro, que flexibilizavam a possibilidade de porte de arma.
A concessão das liminares veio após pedido dos partidos, que relataram a urgência nos assuntos. O tema já estava sendo julgado no plenário virtual do Supremo.
"O risco de violência política torna de extrema e excepcional urgência a necessidade de se conceder o provimento cautelar", afirmou Fachin na decisão.
Decisões liminares
Na decisão sobre a ação do PSB, o ministro citou o porte de armas de fogo. E na ação do PT falou sobre a tese dos limites quantitativos de munições.
"As consequências mais dramáticas são o aumento dos crimes violentos praticados com armas de fogo; o desvio das munições obtidas legalmente para a criminalidade organizada; a escalada de episódios de violência doméstica; o aumento desproporcional dos atos violentos praticados contra grupos minoritários", disse ele sobre a questão da munição.
Agora, segundo Fachin, as decisões serão levadas para análise dos ministros da corte.