Um dia depois de a Universidade de São Paulo (USP) divulgar uma carta em defesa da democracia e do processo eleitoral, subiu de três mil para 100 mil o número de signatários.
Assinam a lista nomes como os dos artistas Chico Buarque, Gal Costa e Fernanda Montenegro, dos ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa e Nelson Jobim, dos escritores Luís Fernando Veríssimo, Martha Medeiros e Djamila Ribeiro, e dos empresários Walter Schalka, presidente da Suzano, e Roberto Setúbal, ex-presidente do Banco Itaú.
Também endossam o conteúdo atores, cineastas, jogadores de futebol e acadêmicos.
Intitulado "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do estado democrático de direito", o documento foi publicado nesta terça-feira (26). Veio à tona após novos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral brasileiro e às urnas eletrônicas, responsáveis pela computação dos votos.
De acordo com o G1, a proposta é apresentar a carta na sede da Faculdade de Direito, no Centro de São Paulo, no dia 11 de agosto. A data é alusiva ao aniversário da criação dos cursos de direito no Brasil e coincide com o dia em que, em 1977, foi lido um manifesto no mesmo lugar para denunciar a ditadura militar.
Contra 'ataques infundados e desacompanhados de provas'
"Nossas eleições com o processo eletrônico de apuração têm servido de exemplo no mundo. Tivemos várias alternâncias de poder com respeito aos resultados das urnas e transição republicana de governo. As urnas eletrônicas revelaram-se seguras e confiáveis, assim como a Justiça Eleitoral", defendeu o texto.
A carta também destaca os "ataques infundados e desacompanhados de provas" que questionam a lisura do processo eleitoral e do estado democrático de direito. "São intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem institucional", protesta.
Veja quem assinou a carta
A carta já tem quase 100 mil assinaturas. Clique aqui para ver os nomes.