Camilo Santana (PT) comentou os recentes ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra as eleições e os definiu como "ameaças contra as instituições e a democracia". O governador do Ceará publicou posicionamento nas redes sociais neste sábado (10).
O petista afirmou que as ameaças "não prosperarão". "Servirão unicamente para unir mais o povo e fortalecer ainda mais a luta para resgatar o nosso Brasil. A intolerância e o ódio serão sufocados pelo respeito e pelo amor", publicou o chefe do Executivo Estadual.
Comentário é feito em meio às falas de Bolsonaro indicando fraudes no processo eleitoral, ameaçando as eleições presidenciais de 2022 e atacando órgãos como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tanto o TSE como o presidente do Senado Federal Rodrigo Pacheco já emitiram notas contrárias as declarações
Ataques o TSE
Em discurso durante "motociata" em Porto Alegre, neste sábado, Bolsonaro reiterou a defesa do voto impresso e fez novos ataques ao ministro e presidente do TSE Luís Roberto Barroso, a quem nessa sexta-feira (9) se referiu como "idiota" e "imbecil".
"O que o Barroso quer é a volta da roubalheira, a volta da fraude eleitoral", disse Bolsonaro. Pouco antes, o presidente usou palavras duras sobre o ministro do STF, acusando-o de defender a pedofilia e o aborto.
Bolsonaro também fez críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem chamou de "aquele de nove dedos", para, em seguida, dizer que "teremos o voto impresso e auditado".
Reação de partidos
Neste sábado, presidentes de oito partidos de direita, centro-direita e esquerda divulgaram uma carta afirmando que não aceitam nenhuma forma de ameaça à democracia.
O texto, assinado pelos comandos de DEM, MDB, PSDB, Novo, PV, PSL, Solidariedade e Cidadania, também indica confiança no atual sistema eleitoral brasileiro.
"A democracia é uma das mais importantes conquistas do povo brasileiro, uma conquista inegociável. Nenhuma forma de ameaça à democracia pode ou deve ser tolerada. E não será", diz a carta.
A manifestação segue dizendo que, nos últimos 30 anos, o Brasil acompanhou muitos embates políticos, mas sempre houve "salutar alternância de poder, soubemos conviver com as diferenças e exercer com civilidade e responsabilidade o sagrado direito do voto".