Bolsonaro critica Bruno Covas, ex-prefeito de SP falecido em maio, e Doria reage: 'Desumanidade'

O chefe do Executivo Nacional ironizou a gestão de Covas e se referiu a ele como o "outro, que morreu"

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou, em conversa com apoiadores nesta segunda-feira (2), o ex-prefeito de São Paulo, Bruno Covas, que morreu em maio em decorrência de um câncer. Ele ironizou o paulista, se referindo a Covas como o "outro, que morreu" e afirmando que ele "fechou São Paulo e foi assistir a Palmeiras e Santos no Maracanã".

Bolsonaro ainda citou o governador de SP, João Doria (PSDB), que viajou para Miami em dezembro de 2020, em meio ao decreto de isolamento social no estado. "Um fecha São Paulo e vai para Miami [...]. Esse é o exemplo", comentou.

Na tarde desta segunda-feira, por meio das redes sociais, Doria condenou a fala do chefe do Executivo Nacional sobre Covas. 

"A desumanidade de Bolsonaro, agredindo de forma covarde Bruno Covas, só demonstra ainda mais sua falta de respeito pelos vivos e pela memória dos mortos", publicou o tucano. 

Críticas a Covas 

Em janeiro deste ano, Covas sofreu severas críticas por determinar o fechamento de restaurantes e do comércio e, ao mesmo tempo, viajar para ver a final da Copa Libertadores, no Maracanã, no Rio de Janeiro.

Na ocasião, o tucano foi às redes sociais para explicar o episódio e disse que, depois de "tantas incertezas sobre a vida", a felicidade de ir com o filho para ao estádio "tomou uma proporção diferente".

Disse que a "lacração da internet resolveu pegar pesado", mas que "se esse é o preço a pagar para passar algumas horas inesquecíveis com meu filho, pago com a consciência tranquila".

Cerca de quatro meses após a partida de futebol, Covas morreu aos 41 anos em decorrência de um câncer da transição esôfago gástrica, com metástase e suas complicações após longo período de tratamento.