Após pressão, professores esperam que mesa de negociação sobre reajuste seja retomada nesta quarta

Uma audiência está agendada entre parlamentares, representantes da categoria e a Prefeitura de Fortaleza

Professores da rede pública de ensino de Fortaleza voltaram, nesta terça-feira (7), à Câmara dos Vereadores (CMFor), para nova manifestação por reajuste salarial.

Na Casa, representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute) e parlamentares se reuniram para discutir a questão e desenhar um possível acordo entre a categoria e a Prefeitura.

"Vamos aguardar a posição do prefeito José Sarto que, com certeza, será anunciada de hoje para amanhã. O prefeito vai falar, não só para esses professores, mas para os servidores como um todo. Ele vai anunciar alguma coisa nesse sentido", declarou o vereador Didi Mangueira (PDT), vice-líder da CMFor. 

O vereador Guilherme Sampaio (PT), um dos que estiveram presentes à reunião, reforçou a previsão de que, até esta quarta-feira (8), haja uma resposta do Executivo municipal às demandas dos servidores.

"Da semana passada para cá houve muita pressão da categoria, com várias atividades de mobilização, e houve também intervenção de parlamentares. Ao que parece, está havendo uma avaliação por parte do Governo [municipal] de que é preciso que o bom senso impere e que se restabeleça uma mesa de negociação", disse o petista.

Dependendo do resultado da audiência com a Prefeitura, segundo Sampaio, a expectativa é de que a paralisação seja suspensa e que os professores retornem às salas de aula, enquanto o reajuste é resolvido entre a categoria e a gestão municipal. "Vamos esperar que haja bom senso", concluiu.

Início dos protestos

Os protestos dos professores tiveram início ainda no primeiro dia de fevereiro, quando a sessão solene de abertura do primeiro período legislativo de 2023 foi realizada. 

Enquanto isso, a paralisação da categoria se iniciou no último dia 27 de janeiro, em meio à cobrança do reajuste salarial de 14,95% em relação a 2022, como determinado pela Lei Federal do Piso Nacional do Magistério (Nº 11.738/2008).

Ainda no dia 31 de janeiro, o Sindiute rejeitou a proposta do prefeito José Sarto (PDT) sobre o piso salarial dos professores municipais por não aplicar o reajuste de 14,95%.