Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública, convocou mais 150 bombeiros militares da Força Nacional para combater incêndios pelo país, especialmente na região da Amazônia. A ação atende uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino. As informações são da Agência Brasil.
Além disso, foi solicitado pelo secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, o imediato remanejamento de bombeiros militares que estão servindo na Força Nacional para conter as queimadas e também o envio de mais 70 agentes para a Amazônia.
No total, 150 profissionais atuarão na região amazônica até a próxima semana. Os agentes já estão em deslocamento e se juntarão aos 162 bombeiros que estão trabalhando, desde junho, em operações contra queimadas na Amazônia e no Pantanal.
Em paralelo, foi solicitado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), a apresentação voluntária de bombeiros militares em 21 estados não atingidos por incêndios florestais. A Senasp pretende acionar ainda, nos próximos dias, mais 50 bombeiros que estão no cadastro reserva da Força Nacional.
Segundo o governo, mais de R$ 38,6 milhões foram destinados ao custeio das forças de segurança dos estados e do Distrito Federal nas operações de proteção dos biomas — incluindo o combate a incêndios e a situações extremas de clima — de janeiro até agosto de 2024.
Queimadas no Brasil
O Brasil está registrando diversos focos de queimadas, com o mês de agosto registrando a maior quantidade desde 2010. Os dados do “Programa Queimadas”, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que tiveram 68.635 focos de queimadas em agosto, sendo o recorde de pior resultado para o mês em 14 anos.
Segundo a pesquisa, essa taxa mais que dobrou em comparação com o ano passado, quando o país teve 28.056 focos no mesmo período.
A partir de dados coletados entre 25 e 31 de agosto, o Inpe alerta para a persistência das queimadas em diversos biomas do país. Na Amazônia, a situação é considerada grave em 37 municípios, que tiveram mais de 100 focos em uma semana. A cidade de São Félix do Xingu (PA) registrou 1.443 focos, enquanto em Altamira (PA) foram identificados outros 1.102. Os municípios lideram os focos de incêndio ativos no país.