O senador Omar Aziz (PSD-AM) foi eleito, nesta terça-feira (27), como presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará a conduta do Governo Federal no combate a pandemia da Covid-19. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi escolhido como vice-presidente pelos colegas.
Durante a votação secreta, os senadores elegeram Aziz por oito votos, enquanto o adversário Eduardo Girão (Podemos-CE) recebeu apenas três. Randolfe era o único nome concorrendo ao cargo de vice e foi escolhido por sete parlamentares, enquanto outros quatro optaram pelo voto em branco.
Ao assumir a cadeira da presidência, Aziz frisou que conduzirá a CPI de forma imparcial, com o objetivo de apurar e fazer justiça, não de promover ações revanchistas.
"Não existirá pre-julgamento de minha parte. Essa CPI não pode servir para vingar absolutamente ninguém. Essa CPI tem que servir para fazer justiça", disse.
Relatoria
O presidente escolheu o senador Renan Calheiros (MDB-AL) como relator da comissão. O político pode ser indicado após o vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), desembargador federal Francisco de Assis Betti, determinar a suspensão, na manhã desta terça-feira, da liminar que impedia o parlamentar de ser nomeado como relator.
Durante a sessão, antes da votação, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) pediu que Calheiros desistisse da relatoria da CPI.
"Ele já antecipou seu julgamento. Na condição de relator dessa CPI, ele dá uma entrevista já pre-julgando, pre-condenando o Governo Federal, mas diz que 'na CPI' vou tratar de forma imparcial'", criticou.
O filho do presidente Jair Bolsonaro afirmou que ele e Calheiros não poderiam assumir cargos na comissão por possuir conflito de interesses com a questão abordada. O governador de Alagoas, Renan Filho (MDB-AL), é herdeiro de Calheiros e pode ser algo da CPI. No início da sessão, Jorginho Mello (PL-SC) também apresentou questionamento sobre o assunto.