Camilo diz que primeiro lote da vacina enviada ao Ceará deve ser da AstraZeneca

O imunizante que está sendo desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford é o que o Ministério da Saúde planeja aplicar nas primeiras três fases da vacinação

O governador Camilo Santana (PT) disse, nesta quinta-feira (17), que o lote de 1,7 milhão de doses de vacina contra a Covid-19 que deve ser enviado ao Ceará no primeiro semestre de 2021 deverá ser do imunizante em desenvolvimento pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca

De acordo com o plano nacional de imunização lançado, na última quarta-feira (16), pelo Governo Federal, o "memorando de entendimento" é para aquisição de 100,4 milhões de doses da AstraZeneca até julho de 2021.

O Ministério da Saúde planeja, nas primeira três fases de vacinação, aplicar doses da AstraZeneca. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma das mais importantes instituições de ciência e tecnologia da América Latina, é parceira da Oxford e do laboratório AstraZeneca na produção dessa vacina.

"A maior quantidade de vacina que o Ministério (da Saúde) fez acordo é com a Fiocruz e Oxford, com relação à AstraZeneca. A previsão é que no primeiro semestre o Ceará receba 1,7 milhão da AstraZeneca, depois de validada pela Anvisa, pelos órgãos competentes, que garantam a segurança da vacina", afirmou Camilo em entrevista à TV Verdes Mares

Fases

Camilo afirmou que o plano de vacinação no Ceará deverá seguir quatro fases. Na primeira, serão imunizados os profissionais de saúde e idoso que são considerados grupos de risco (pessoas acima de 65 anos).

Na segunda fase, segundo o governador, deverão ser vacinados pessoas de 60 a 74 anos e pessoas com comorbidades. Na quarta e última fase, é que a população em geral será vacinada. 

Butantan

O governador também disse que assinou um "memorando de entendimento" de interesse pela CoronaVac, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o instituto Butantan.

A CoronaVac virou alvo de disputa política entre o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Camilo se reuniu nos últimos dias com o governador paulista e defendeu que questões "ideológicas" sejam deixadas de lado. 

"Questões ideológicas e partidárias tem que ser deixadas de lado. O interesse maior é a vacinação. Essa disputa está superada e espero que a gente possa garantir o mais rápido possível a disponibilidade da vacina para a população"