Nelson Rodrigues diria que até os lorpas e pascácios sabiam como o Sport de Jair Ventura iria se comportar, taticamente, diante do Fortaleza.
Escolhidas as armas, o tricolor escolheu ficar com a bola e o Sport com a covardia.
Rogério Ceni armou suas tendas no campo inimigo e, ao invés de pressionar o time pernambucano no inicio da jogada, preferiu negar-lhe a bola.
Como sempre digo, as circunstâncias do jogo é que pedem a onipotência numérica no ataque e, para não deixar queixas, o tricolor atacou até com mais de seis.
Só que o “toque de recolher” do Sport tirou os espaços do Leão, dobrou marcação em Osvaldo e tudo se resumiu a uma boa jogada de Wellington Paulista e Tinga, que o último acertou a trave.
Fazendo uso do seu estoque de paciência, para tocar a bola, o Fortaleza não acelerou o jogo e a qualidade do espetáculo despencou.
Carregou-se para a segunda etapa uma situação em que somente a jogada individual ou uma bola parada resolveria a parada.
E foi assim, que Romarinho, aos seis minutos, acabou invadindo a área do Sport, sendo derrubado por Juba, para Wellington Paulista construir o magro 1 X 0.
Ao despertar para o jogo na segunda etapa, Romarinho acabou se destacando dos demais.
Para corroborar com a nossa visão, dentro do aspecto de pálido futebol do jogo, que exigia soluções de bola parada, o zagueiro Juba acertou duas vezes a trave de Felipe Alves, em duas cobranças de falta.
Como o rubro-negro da Ilha conseguiu resultados positivos, antes de enfrentar o Fortaleza, é caso de se investigar.
Rejeitar a bola é a mais nova praga do nosso futebol.
E outra: se o resultado é que importa (não acho que deva ser assim) os três pontos deixaram tudo num melhor lugar.