Mesmo tomando um gol aos cinco minutos, o Ceará teve paciência para obedecer a sua estratégia de jogo, diante da assustadora ameaça da altitude boliviana.
Impediu que o Strongest acelerasse o jogo, à sua maneira, e enfiou bola, para que Erick firulasse frente aos marcadores.
O time boliviano tinha uma bússola chamada Vaca. Aberto pela direita, esse canhoto era o organizador das manobras ofensivas.
De resto, pelo jogo aéreo excessivo, parecia participar de alguma "semana da asa" no País.
Vinícius e a récua de zagueiros alvinegros se garantiram.
O time de Marquinhos Santos chutou uma bola no alvo, em cobrança de falta, com Vina. O goleiro Viscarra "enjoou" e rebateu parcialmente.
Na segunda fase, o Ceará buscou evitar a pressão sofrida no primeiro tempo, fazendo entrar Yuri, Zé Roberto e Nino.
Fernando Sobral e Vina jogaram mal e mereceram sair.
E não é que funcionou.
Erick empatou, ao concluir um passe de Geovane e, bem antes do gol da vitória, marcado por Zé Roberto, nos descontos, em duas chegadas ao ataque, o Ceará teve chances de marcar.
A primeira, em sem-pulo de Iury, que Viscarra defendeu.
A segunda, na cabeçada de Messias, que Trivieiro salvou em cima da linha.
O Ceará mais resiliente, foi, também, um time de decisões acertadas no enfrentamento cuidadoso do problema da altitude e nas alterações.
Surpreendido pelo gol de empate e, pela atitude mais corajosa do Ceará no segundo tempo, o Strongest desesperou-se e só acelerou, mesmo, o seu joguinho de bola aérea.
Interessante e positivo: Erick e Zé Roberto, carentes de maior prestígio junto à torcida, construíram, com seus gols, a justa vitória do Ceará.