Não é todo dia que, na vida e no futebol, um pequeno Davi consegue derrubar um gigante chamado Golias.
Pois, no Mineirão, esse pequeno guerreiro reapareceu, na figura de Pikachu que, com sua funda, derrubou um gigante mineiro, com duas pedradas.
O Fortaleza tinha sido derrotado no primeiro tempo por 1 X 0, em função de um 3-5-2 mal-executado (inibiu a si próprio), e criou sombras de preocupação para a etapa final.
Abandonando o apego ao sistema, o tricolor encorajou-se e voltou aceso para o jogo, passando a se posicionar no campo do Atlético.
Duas chegadas, com finalizações irregulares, por impedimento, foram sinais de que o time de Vojvoda estava ensaiando uma virada de placar.
Essa atitude incomodou o Atlético, desarticulou os planos de Cuca e o fez usar as cinco modificações, sem o resultado esperado.
Foram duas etapas distintas: Robson merecia continuar no jogo e Felipe Alves fez uma defesa “de cinema”; disso tudo eu sei.
Mas, gostaria que esse comentário fosse direcionado a uma modificação que o Fortaleza fez para o segundo tempo: tirou Daniel Guedes e colocou o pequenino e experiente Pikachu.
Enxergou-se na presença do paraense uma iluminação, algo mediúnico, de um mensageiro de uma nova ordem no espetáculo.
Aquela súbita reação do Fortaleza, com a sua entrada, as duas finalizações para a virada do placar, se colocaram num plano que mexeu com as perplexidades do comentarista.
Que coisa!
Uma “tarde de David” para ser festejada.