Aos 29 anos Pelé, foi para a Copa do México de 1970, entendendo o que ela significava para ele.
Encarou de tal maneira a conquista do tri, que acabou contagiando companheiros
conscientes de ser aquela a última Copa deles.
Casos de Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza e Gérson.
O que se viu foi uma gigantesca onda em forma de time de futebol.
Como admitiu Eric Hobsbawm, diante da maior Seleção Brasileira de todos os tempos, o futebol inserido como grande arte.
Se poderia esperar por parte de Neymar uma atitude, pelo menos, parecida?
Futebol o mimado pop star brasileiro possui. O que lhe empresta autoridade para, se quiser, animar o movimento do grupo, visando a jornada brasileira no Qatar.
Embora tenha se dedicado ultimamente ao aconselhamento dos mais jovens do escrete, de Neymar não se pode esperar a estatura de Pelé para inebriar um time.
Entre os dois, existem diferenças abissais, que não permitem comparações.
Há homens que demoram a amadurecer.
Do que gastamos na vida o mais caro é o tempo.
E fica complicado, quando o tempo de um astro é ocupado por duas paixões: o futebol e a vida de prazeres nababescos que a riqueza oferece.
E como sentenciou o "Freud brasileiro" Nelson Rodrigues: "As paixões são exclusivas. Duas paixões se excluem pela suspeita da traição."