A propósito do gol de Richarlison contra a Sérvia, somos levados a refletir que o prazer do futebol é o de ver coisas difíceis e belas serem feitas pelo corpo humano.
Tipo do lance saído dos pés do jogador para ficar eterno em nossa lembrança.
Claro, que um time de futebol não é apenas uma formação de 11 marmanjos com a mesma camisa.
É preciso sintonia dentro de uma organização de jogo. Mas, a individualidade pesa.
Há momentos em uma partida em que não basta somente o protagonismo coletivo.
Não há fórmulas científicas e exatas no jogo. Os treinadores e comentaristas de futebol são caçadores de certezas.
É aí que entra o jogador, que faz a diferença, em uma posição de espaços curtos, onde as decisões precisam ser tomadas em átimo de segundo.
Muitas vezes, recebendo bolas quadradas e dando solução.
Esse jogador é o centroavante, verdadeiro nove, que recebe a bola, quase sempre, de costas para o gol.
No tento marcado contra a Sérvia, a bola recebida de Vinícius Júnior precisava de uma lapidação rápida. O que foi feito pelo "Pombo".
Depois de deixar o chão, Richarlison gira em torno do próprio eixo e manda a chicotada de pé direito. Indefensável para o goleiro Sérvio.
É por esse tipo de jogada, artísticamente criada, que o futebolista brasileiro é admirado e respeitado.
Assim, surgem as relíquias.