Marcados pelo peso da idade, nos tornamos olímpicamente nostálgicos.
Dentro da nossa caretice enfrentamos, "surfisticamente", ondas cascas grossas e desaguamos num recolhimento para ler e escrever.
É o que gostamos de fazer, atualmente.
Para falar a verdade, o que nos dá equilíbrio para "suportar" o peso do cotidiano.
Os ciclos da existência passam e a gente nem percebe. Tudo vai se modificando em nosso redor e pouco notamos.
E o pior é não saber mais, cronológicamente, colocar os acontecimentos em ordem nas décadas de 80 e 90.
Pergunto pela vida que tínhamos um dia desses e imagino, absurdamente, que é possivel recuperar tudo.
A vida, com os prazeres da feliz convivência, era uma coisa sem gestão ou direção clara que foi acontecendo.
Tempo de pouco entendimento para idealizar as coisas. Viver o momento era o que importava.
A risada como arma, sem moderação.
Que saudade das noitadas do restaurante Belas Artes da Pontes Vieira, o nosso "Maxim's".
Como é possível que tanta gente boa daquela confraria tenha nos deixado.
Enorme falta nos faz Airton Rebouças, Assis Furtado, Betão Ponce de Leon, Oliveira da serraria, Déo Monteiro, o "macho véi", e muitos outros.
Patota perene de alegria que portava permissão para viver assim, e acreditava que as coisas eram para sempre.
De fato, as coisas realmente importantes nunca mudam.