Toda mediocridade será castigada

Confira a coluna desta quinta-feira (17) do comentarista Wilton Bezerra

O Brasil já quis ser igual ao futebol que jogava.

Bonito, vitorioso, respeitado e que nos orgulhava.

Vejam só: o futebol pensado como modelo de funcionamento para o país.

Enfrentar os nossos dançarinos causava nos adversários até mesmo diabetes tipo 2.

Quando, tendo Pelé à frente, o Brasil foi tri, o futebol atingiu o seu ápice, ao ser reconhecido como Grande Arte.

Só que o tempo passou, o Mundo mudou e a nossa classe dirigente resolveu exercitar a sua mediocridade.

Como se não houvesse punição para esse pecado.

Ao absorver as mudanças, em parte, passamos a renegar a nossa essência.

Seremos sempre o que fomos um dia.

Aos poucos, fomos deixando de ser o Circo de Soleil do futebol que todo mundo queria ver.

O que foi construído dentro de campo passou a ser deteriorado fora dele.

Deixamos de oferecer o espetáculo e passamos a meros fornecedores de pé de obra.

De admirados nos transformamos em admiradores.

Enquanto isso, mergulhados em calendários asfixiantes, relutamos em abraçar novas formas de administrar a festa.