Sumiço do assunto

Confira a coluna desta sexta-feira (31) do comentarista Wilton Bezerra

Eu continuo estranhando essa coisa de escrever.

Escrevemos para não ficar extraviados no tempo. Pode ser.

É preciso atravessar mil desertos em busca de um assunto.

Mira-se em um tema e acerta-se em outro. Não deixa de ser um embate.

A nossa falta de conhecimento sobre muitas coisas é um problema.

Eu sei. Não devemos ter vergonha de nossas histórias, embora nos acompanhe o receio sobre aquilo que entregamos em um livro.

Mas, como dar sentido a coisas tão banais de nossa existência?

Mesmo desamparados não precisamos nos dar chicotadas.

E o cheiro de poeira que tanto incomoda?

Penso em escrever sobre os influenciadores. Afinal, família de gente besta é grande e espalhada.

Essa gente "lava a égua" em fama e dinheiro. Em se influenciando, tudo dá.

Sérgio Cabral, que gatunou o Rio de Janeiro, se tornou influencer. Já tem mais de 15 mil seguidores.

Entanto, reconheço que não é praia para minhas elucubrações e passo longe.

Perdido, a gente procura se encontrar na escrita. O resultado não é o esperado.

Se faz o jogo pelas laterais, sem atingir a profundidade desejada. 

O espaço da crônica se acaba e, de concreto, nada. É agora?

Acontece.