Ser visto como um imprestável em um time de futebol deve doer fundo na alma de um jogador.
Não sei se Yony González carregava esse sentimento, ao se constituir em um fiasco de contratação pelo Ceará.
Fato é que o colombiano se apresentou como uma solução secundária em dois importantes jogos do alvinegro. Contra o Fortaleza e, ontem, diante do Corinthians.
Se não roubando a cena do personagem principal do "filme" - Vina -, mas assumindo o papel de um coadjuvante poderoso.
Coadjuvante como solução secundária, a tal ponto de não figurar na formação titular.
No banco de suplentes, ocupava o seu desconfortável lugar.
Repito a observação de outros comentários, mas recuso a não lembrança de outro ator - Morgan Freeman - que, com o seu sorriso de esfinge, superou, como coadjuvante, o astro principal de filmes importantes. "Os Imperdoáveis" foi um deles.
Afora esse acontecimento transcendental e misterioso do futebol, devemos acrescentar que o jogo do alvinegro contra o Corinthians foi equilibrado, na primeira fase de vitória, com gol de Vina.
No segundo tempo o Ceará se pôs nas cordas do "ringue", permitindo o domínio e o empate da equipe corintiana, com Roger Guedes.
A cena final e emocionante ficou por conta do herói improvável: Yony González.
Com uma cabeçada fulminante, se constituiu no coadjuvante como solução secundária para vitória do Ceará.
Vá entender.