Sob o sol de verão

Confira a coluna deste sábado (22) do comentarista Wilton Bezerra

Debaixo de uma temperatura canicular, os politicamente incomodados com a polarização vivem os últimos dias do fim dos aperreios.

Ou a continuação deles. Sempre se sabe.

Não deixa de ser uma experiência mental ouvir discursos e debates que dão conta mais de traições do que planos seguros de governar.

Circunstâncias políticas que fazem e desfazem amizades. Trocam chumbo e, depois, se abraçam.

Devem ter chegado à conclusão de que o brasileiro gosta de odiar.

Grosseria e desmemória como temas do enredo.

Por que não "subsidiar" a campanha pelo poder com o afago do "inimigo"?

Qual o problema, se degenera? 

E daí, se tudo ficar despedaçado sob o ponto de vista moral?

Dignidade passa longe desse terreno. O que vale é capturar o eleitorado.

O importante é que "o Mundo gire e a Lusitana rode”, como se dizia há cem anos atrás.

Fácil de falar, difícil de fazer. Ladainha que não vemos a hora de acabar.

Como disse o comunista Lênin: "Fora do poder tudo é ilusão."