Costumo falar sobre efeitos causados por uma vitória ou derrota no clássico Ceará e Fortaleza, baseado no que acompanhamos em várias situações, identificando um comportamento recorrente.
Treinador e jogador que não ganham esse clássico são marcados para carregar o estigma de negar fogo na hora crucial.
O Fortaleza impôs um placar normal ao Ceará por 2 X 1, mas o suficiente para produzir muxoxos como: “Guto mexeu no time todo” (uma inverdade) ou uma crônica sugerindo que “não adianta exibir balanços financeiros positivos” e não ganhar, logo, do maior adversário.
Por isso, sustento sempre que esse clássico, pelos seus efeitos, tanto pode ser pedestal, no triunfo, como pelourinho, na derrota.
Águas passadas e vamos para a realidade dos fatos.
Com a vitória, o Fortaleza vai ter pela frente, neste sábado, 18 o adversário mais fraco dessas semifinais e não cabem ilações dando conta de que, contra o Guarani de Sobral (um ajuntamento emergencial), o tricolor vá ter problemas.
Já o Ceará, terá pela frente o Ferroviário, uma barra mais pesada apesar do time de Marcelo Vilar não ter deixado uma impressão lisonjeira na partida em que empatou com o Caucaia.
O treinador do Ferroviário se dá bem, quando arma seu time no "reativo", uma forma de dar a impressão ao adversário de que não faz muita questão da posse de bola. Responde, na retomada da redonda.
O alvinegro tem tido, nos últimos tempos, um inimigo feroz: a inconstância.
Isso fere de morte a força da regularidade, uma coisa importante na trajetória de um time de futebol.
Guto Ferreira está começando um trabalho na mesma posição de um ministro na cena politica brasileira: “precisa de tempo”.
Ceará e Fortaleza decidirão de novo? Taí, um bom mote para apostas.