O Brasil de Tite pode, de repente, até ganhar o próximo Mundial.
Essa competição é adequada para quem consegue ficar em pé durante sete jogos.
A receita: faz um híbrido tático, dispensa obediência rígida à nossa essência futebolística e bota o "pé na carreira".
Tudo em nome do pragmatismo, que torna obrigatória a eficiência coletiva acima do individual.
O mais é decoração para as janelas.
Isso significará uma "ressuscitação" do futebol brasileiro ?
Digo logo que não.
O nosso popular esporte só voltará a funcionar vitorioso através dos clubes.
É falso dizer que a saúde do futebol brasileiro é garantido pelos resultados obtidos pela Seleção.
É bom, dá prestigio, mas não aponta caminhos a serem seguidos.
Tonto no meio da avenida, o nosso jogo preferido ainda não disse ao vento para onde pretende seguir.
Depois de uma conquista de Mundial, certamente que os nossos jovens valores continuarão a ser exportados para o exterior.
E exportar jogadores não é sinal de riqueza, mas de pobreza.