Fortaleza e Ceará, mais do que as excelentes médias de público do Campeonato Brasileiro da Série A, exibem, agora, as mais robustas condições de saúde financeira entre os 20 principais clubes da elite do futebol.
As contas que os dois apresentam, desdenha, pela diferença abissal, da montanha de dinheiro que grandes clubes consagrados têm para pagar.
Por essa razão e outras mais, é que os gestores das agremiações em má situação só aceitam falar em reformulação, quando se trata de perdão financeiro para suas dívidas.
Uma das práticas mais condenáveis se deu nos últimos tempos, com o pedido de adiantamento de cotas televisivas das competições.
Hoje, com as mudanças impostas por quem paga e manda (a TV) a distribuição do dinheiro é escalonada, obedecendo variados itens.
A CBF funcionava como um banco, mero repassador da grana, o que lhe dava uma certa importância, afinal, intermediava os pedidos.
A situação se assemelhava ao comportamento do alcoólatra, submetido a um período de abstemia, necessitando, vez por outra, de um gole no boteco.
Arrastados por dificuldades originadas em péssimas gestões, os clubes precisavam desse “gole” e se valiam de cotas antecipadas da TV, via CBF.
Para escapar de um buraco, a primeira providência é deixar de cavar. Os clubes não entenderam assim e pagam caro, até hoje.
Enquanto isso, para felicidade geral da nação Siará Grande, tricolores e alvinegros se organizaram na vida e seus elencos estão entre os mais valiosos do Nordeste.
Fica aquela velha lição: se você possui um mercadinho, por menor que seja, trate de dotá-lo de referências que o hipermercado não tem.
Se nesta região chamada Nordeste, longe dos capitais e fora do eixo decisório do país, não é possível concorrer em poder com as grandes equipes, busquemos as referências nos padrões de eficiência