Quando o Ceará fez dois gols em dez minutos do segundo tempo, achou que a tarefa estava terminada.
E estava mesmo, porque o Fortaleza mexeu, remexeu e acabou estacionando na mesma forma de reagir – bola alçada na área em busca de uma cabeça perdida.
Já no primeiro tempo, o placar de 0 a 0 não falou sobre um jogo onde o alvinegro teve melhor desempenho.
Vina, apesar de desperdiçar um pênalti e finalizar mal em outra oportunidade, tinha participação contínua nas manobras de ataque.
Lima e Samuel, pelo lado direito, negociaram bem com os demais setores do Ceará.
Ao contrário do Fortaleza.
Wellington Paulista sem mobilidade, David só no esforço, e Romarinho (figura nula) sem nenhum entendimento com Tinga para a jogada do setor direito.
Na segunda fase, ao tomar o gol de Lima com um minuto e dez segundos, o Fortaleza foi tomado por uma necessidade de adiantar suas linhas.
Levou o segundo gol num perfeito contra ataque alvinegro, com dois toques de Samuel e Vina, até a bola chegar em Cléber.
Embora não seja o correto, muito cedo o time do Guto Ferreira apenas bloqueou os espaços e acompanhou a agonia do adversário.
O goleiro Richard só foi acionado mesmo no finzinho do jogo, já que as modificações inócuas do Fortaleza não criaram sombras de preocupações maiores.
Volume sem lucidez vale pouco.
Placar ajustado ao balanço geral do jogo, e um resultado que criou clima de apreensão para o Fortaleza.