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Confira a coluna desta sexta-feira (10)

Escrevo no dia dedicado à liberdade de imprensa e o faço antes que os cancelamentos nos atinjam.

Estou exagerando? Nunca se sabe, "meus amor".

Basta de engodo. Vou falar "essa vez" e em outras, quando for necessário.

O amigo avisa, sempre.

Sobre a vídinha que levamos no Brasil, vou logo dizendo o seguinte: não adianta ouvir os ventos das ruas. Nem eles sabem, ainda, para onde devemos ir.

Tá o maior vacilo.

Os nossos graves problemas não são enfrentados e o pior: não se consegue algemar a inflação.

Os debates são estéreis, as pessoas abandonam a reinvindicação e há quem ache o silêncio uma resposta.

Incontáveis as vezes em que afirmo: o Brasil não tem povo. Tem população.

Povo tem noções de cidadania, reflete antes de agir. Não vai apenas para onde o nariz aponta.

População é massa manipulável.

Não adianta dar aulas de economia na TV, se falta comida e sobra depressão.

Daqui a pouco, as ruas serão pequenas para tantos moradores ao relento.

As boas ideias e ações precisam ser acompanhadas de comida. O estômago não espera por blá, blá, blá.

Não vejo preocupação se a morte tem pouca idade.

Só há uma certeza, nesse cenário: a solução não está na fartura de bundas exibidas, nem tampouco em show de cantores sertanejos.

Que muxôxo!