Houve um tempo em que a CBD, hoje CBF, colocava a camisa da seleção brasileira em combinados de dois ou três clubes. Fazia amistosos, participava de torneios e os jogadores se sentiam honrados com as convocações. Certa feita, numa seleção com a participação de jogadores do América do Rio, o camisa 9 da canarinha foi entregue a Leônidas da Selva, um "caneleiro" que espancava a bola.
O "da Selva" era uma tirada irônica para diferenciar do grande craque Leônidas da Silva, "o diamante negro". Vestir a amarelinha foi a glória maior do centroavante americano. Pois, o que desejo dizer é o seguinte: a seleção brasileira de Dorival Júnior mais parece um combinado. Nada, nada mesmo que lembre um escrete estruturado em todos os aspectos.
Deixa a nítida impressão de se tratar de uma formação de urgência para, apenas, cumprir um compromisso. Venceu o Chile por 2 x 1, salvo pelas cores do Botafogo, através dos seus representantes Ígor Jesus e Luiz Henrique. Depois de um primeiro tempo sem lucidez, a seleção brasileira atacou mais na segunda fase, mas andou levando umas cutucadas em contra-ataques do Chile.
Ameaçado por uma repescagem, o Brasil venceu a pior seleção chilena dos últimos tempos.
Não é animador falar sobre o futebol jogado pela seleção. Não me venham com "o importante foram os três pontos", que meus tímpanos não aguentam mais.