Padrão de jogo

Confira a coluna desta segunda-feira (21) do comentarista Wilton Bezerra

O Flamengo de 2019 criou um padrão de jogo para si próprio.

Resultado: a torcida e a mídia esportiva não aceitam nada abaixo do que o time de Jorge Jesus jogava.

As passagens de Renato Gaúcho e Rogério Ceni não trouxeram o padrão cultuado.

Em uma primeira fase de Guto Ferreira no Ceará, o treinador extraiu do elenco uma equipe com musculatura.

Não era o que se poderia considerar bonito, mas primava pela eficiência.

Os bons resultados fizeram pousada em Porangabuçu.

Quando o futebol de aplicação fraquejou, o "Gordiola" caiu.

Com Vojvoda, o Fortaleza jogou, no ano passado, um futebol para lá de prazeroso aos atletas e ao público.

Foi aplaudido pelo Brasil inteiro.

Como disse Joãozinho Trinta: "O povo gosta do que é bonito. Quem gosta do que é feio é intelectual".

Talvez, o carnavalesco não tenha dito exatamente assim, mas vamos lá.

Agora, os analistas não são obrigados a levar em conta as projeções e o estado de disposição para jogar, por parte desses times.

Ao elevar, em diferentes períodos, a qualidade do padrão de jogo, as equipes habituaram o distinto público a exigir um futebol de maior qualidade .

Os times que joguem, busquem nível superior de produção, o que já foi possível em tempo recentíssimo.

Bastam as argumentacões e justificativas para atuações de baixo padrão.

A hora da onça matar a sede está chegando.

Futebol não é só números, atentem para isso.

Desempenho só é secundário até deixar de ser.