Overdose de futebol

Confira a coluna desta terça-feira (10) do comentarista Wilton Bezerra

Foi a televisão que contribuiu para a overdose de futebol que é oferecida ao público.

Um empresário australiano chamado Rupert Murdoch viu a mina e comunicou à Premier League que queria passar mais jogos pela sua TV e dar mais dinheiro aos clubes.

Foi o mesmo que oferecer banana para macaco.

Ora, como as Confedarações, Ligas e gestores do futebol gostam de grana alta, se resolveu empilhar competições.

Quanto mais jogo mais dinheiro no bolso das "crianças".

Como a maioria dos times não conta com 22 jogadores de aproximada categoria, a ordem é poupar e acabar com essa história de "11 titulares", para não esfolar o atleta.

E nem assim resolve. Tá todo mundo num chororô que dá dó.

Como disse um grande pensador, "sem uma grande dose de cinismo, não se vai a lugar algum".

Quem manda no futebol sabe que isso aconteceria, com o excesso de jogos.

Portanto, o choro é cínico.

Pior para o público. Fica ameaçado de assistir futebol de má qualidade.

Cansado, o jogador perde o prazer de jogar.