O Fortaleza tem atravessado alguns desertos em sua jornada vitoriosa nos últimos tempos.
No ano passado, a provação maior foi quando fugiu de uma lanterna para conseguir lugar na Libertadores.
Uma qualidade adquirida na passagem das estações: ser paciente diante dos fatos.
Na forma de jogar, principalmente. Diminui os espaços entre os setores, quando é atacado, e não se desespera quando não marca logo o seu gol.
Nesta temporada, andou perdendo o swing, mas, rapidamente, recuperou o ritmo e já pisa nas proximidades das primeiras posições.
No Ceará, a ideia de retorno à primeira divisão, um ano após a queda, se mostrou apressada.
Não se atentou para o fato do alvinegro ter que desmontar o elenco quase por inteiro.
Mudança de treinador e equívocos nas contratações foram combinações de efeito negativo.
Quem está encarregado de encontrar uma equação para a fase desfavorável é Guto Ferreira, um ex-inquilino da residência alvinegra, que volta.
O consolo de que a série B não tem time bom, não nos parece indicar uma saída segura para justificar uma reação.
A má qualidade do futebol produz contágios.
E haja a necessidade de tempo para aprumar as coisas.
Tudo leva tempo. Só que o tempo pode levar muitas coisas. Inclusive, a paciência de uma torcida aflita.