O trem parou na estação mineira

Confira coluna desta quinta-feira (15) do comentarista Wilton Bezerra

No tempo normal o Ferroviário arrancou, nos acréscimos, o empate de 1 X 1 contra o América Mineiro, pela Copa do Brasil.

O tubarão assumiu uma postura de excessivo respeito pelo adversário, o que se comprovou em boa parte do segundo tempo,

Ao dar o campo e salvo conduto para domínio da bola ao America, o Ferroviário permitiu de bom grado que, Felipe Azevedo marcasse um gol e Rodolfo perdesse duas oportunidades para que os anfitriões ampliassem.

O que não pegou legal foi que, mesmo assim, o time da barra não tirou os espaços dos americanos ao que se somou sua falta de maior disposição.

Do esquema tático anunciado pelo Ferroviário não se viu nada. As retomadas de bola foram sempre seguidas de devolução ao adversário.

Homem de coragem na parte ofensiva, fase inicial do jogo, o Ferroviário só teve Wedson, responsável pela única chance real de marcar.

Quando o substituiu na segunda fase, Diá só podia estar com a máscara antivírus lhe cobrindo os olhos.

No segundo tempo, quando o maior volume de jogo do America foi se transformando em inutilidade o ferrão criou coragem,foi prá cima nos momentos finais, empatou com Augusto e carregou a decisão para as abomináveis penalidades.

Teve até pênalti cobrado por Adilson Bahia para  Ferrão em que a bola entrou, a arbitragem “cegou”, não validou o gol e, por isso ficou.

O Ferroviário quase repete “a façanha da Ilha do Retiro”,  Jonatan ainda defendeu, espetacularmente, duas penalidades, mas as passagens do trem chamado Copa do Brasil foram autorizadas para que o America seguisse viagem.

Aliás, de integrante da primeira divisão esse time do Lisca não tem nem o jeito de andar.