O que se espera de Lucho González

Confira a coluna desta quinta-feira (1º) do comentarista Wilton Bezerra

Maquiavel, que não deu apenas maus conselhos, afirmava que se aceita a mudança de um chefe por se acreditar que as coisas vão melhorar.

Sei. Não foi exatamente como escrevi. Entanto, está no rumo do que desejamos dizer.

Interessante como se vê o treinador de futebol nas duas pontas: salvador da lavoura ou responsável por todas as desgraças de um time de futebol.

Não devia ser assim. Mas, é desse jeito que as coisas funcionam.

Ao invés de se perguntar o que Lucho González pode fazer pelo Ceará, não seria correto, também, indagar aos jogadores do alvinegro o que eles podem fazer para melhorar o rendimento da equipe?

Afora a jogada de "arrasto" de Mendoza e alguns espasmos de Vina, o resto tem ficado por conta da resistência de defesa e meio campo, juntos.

Desempenhos individuais ruins e apenas medianos são o que não falta.

Quando as coisas não funcionam em uma primeira etapa de jogo, é comum se ouvir do jogador: "Vamos conversar com o "professor" para consertar as coisas".

Ué, não é, também, o jogador que tem de resolver o que não funciona no time?

As soluções salomônicas têm que vir sempre da cachola do "professor"?

Um quarteto argentino com Lucho González à frente chegou para tirar o Ceará de uma situação de tons cinzentos dentro do campeonato brasileiro.

Arregaçar mangas e meiões é muito mais aconselhável do que perguntar se vai dar certo.

Se não sabem, o toque de bola refinado atribuído ao jogador brasileiro é coisa de argentino.

Um outro lembrete: desde que uma vitória passou a valer três pontos, o empate perdeu muito o seu valor.

Entenderam?