O que acontece com o Fortaleza?

Confira a coluna desta segunda-feira (30) do comentarista Wilton Bezerra

Se a pergunta fosse feita ao saudoso comunicador Jurandir Mitoso, a resposta seria: "Só quem sabe é uma velha índia do Alto Xingu."

No Campeonato Brasileiro, o tricolor não conseguiu ganhar um mísero jogo (na Libertadores, está tudo em cima), jogando em casa ou fora.

E na partida em que empatou com o Juventude,  o "jogou melhor e não venceu" já começou a descer a ladeira.

Não achamos que o tricolor foi melhor em campo.

Basta observar as defesas que o Boeck fez e o pouco trabalho do goleiro do time gaúcho.

A paciência, fator importante no futebol de hoje, nos parece excessiva na maneira do Fortaleza conduzir o jogo.

É como se o amanhecer de um novo dia estivesse garantido.

O melhor Fortaleza não vibrava por desarmes e interceptações. O que movia a equipe era a obsessão pelo ataque e pela troca rápida de passes.

Nos tempos de Enderson Moreira, o tricolor era amorfo e Vojvoda usou de uma química para transformar o estado anímico da equipe.

E agora, qual é o problema?

Meu comentário sobre o jogo contra o Colo Colo foi "jogo de vulneráveis".

Até em bons momentos das última partidas que fez, o tricolor dividiu suas preocupações com a vulnerabilidade de setores.

Não é "salto alto". 

Um torcedor que encontro no supermercado me diz: "É preocupação com a Libertadores."

Não acho que seja, pois o Fortaleza vai para todos os jogos sem fazer distinção.

Existem mais coisas entre o primeiro trago e a ressaca do que imagina a nossa vã filosofia.

Para ser tão inexpressiva, essa tirada "filosófica" só podia ser minha.