O som do horário eleitoral me faz refletir sobre a violência que nos assola.
O diabo é que aonde a violência faz morada a justiça não passa nem perto.
Na ausência de uma, a outra se estabelece.
No ambiente nefasto da violência, o jagunço moderno ganha emprego de miliciano.
Sim, porque no tempo do cangaço o jagunço dos poderosos donos de terra fazia vestibular para cangaceiro.
Por sinal, este ramo de "empreendedorismo" da violência junta criminosos, polícia e políticos na sua argamassa.
Todos debaixo de um enorme guarda-chuva de troca de proteção.
Matéria prima constituída de controle e votos, por que não?
Nas ramificação desse circo de horrores, surge o traficante, com o seu exército possuidor de divisões de base.
Como no futebol, recruta-se o jovem para distribuição do caro bagulho.
Esses donos do pedaço decidem até quem deve figurar em suas vizinhanças.
São pavorosos os relatos de julgamentos e expulsões de moradores dos territórios dominados.
Nos "beiços" da justiça, os malvados deitam e rolam.
Na promessa de soluções, as autoridades falam grosso, no início, para depois miar.