O sábado (que é uma ilusão, segundo Nelson Rodrigues) é dia de escrever "abobrinhas".
Então, não vamos deixar a peteca cair. Taí o que você queria.
De novo, essa conversa furada de que o Mundo vai acabar? Hão de dizer com inteira razão.
Em 1938, um baita compositor baiano chamado Assis Valente fez sucesso com uma música, levado pela crença de que o velho Mundo ia papocar.
Um cometa, sem ter o que fazer no espaço, havia cismado de se chocar com a terra e provocar o maior fuá.
Fato é que, como diz o título da música, o Mundo acabou não se acabando.
Agora, ao que parece, o negócio é mais sério: o Mundo vai sumir mesmo.
Os cientistas já estão avisando que a nossa terra, vai desaparecer por quentura.
Na marcha que vão as altas temperaturas, não deve sobrar vegetação para fazer um chá.
O calor está "botando boneco" de um jeito que a gente fica igual a venta de bezerro.
Existem comunicados de que a bola de fogo ainda vai demorar para chegar.
Nem mesmo para os que estão atolados em dívidas, e com uma vida desgraçada, a notícia foi bem recebida. Também, pudera.
Afinal, em se tratando de Brasil, por exemplo, ninguém deve morrer por uma dívida.
Eu já desconfiava de que alguma coisa catastrófica estava para acontecer.
Como disse o poeta Mário Quintana: "Essa vida é uma estranha hospedaria. De onde se parte quase sempre às tontas.
Pois nunca nossas malas estão prontas. E a nossa conta nunca está em dia".