Os problemas neurológicos já me deixam torto.
Mais torto fico, quando alguém diz que leu uma crônica minha e gostou.
"Nem tudo que é torto é errado. Vejam as pernas do Garrincha e as árvores do cerrado".
Não sei quem é o autor. Li e capturei.
Mais desengonçado estou, com essa aventura de escrever e lançar um livro de crônicas e causos.
Pense numa pessoa abobalhada nesse tipo de serviço.
"Tem que saber sobre a arquitetura de texto". Me alertaram os que entendem do assunto.
Penso e escrevo. Não tenho estilo, nem técnica. É o que desce da telha.
Autografando com os dedos avariados pela artrite, a dedicatória vai sair borrada.
Faço lançamento em três tempos: Fortaleza (1° de julho), Juazeiro do Norte (7 de julho) e Crato (9 de julho).
Depois, os amigos devem me orientar sobre a circulação dos meus modestos escritos.
Sorte minha de contar com luxuosos apoios de Eduardo Freire, Lincoln (chargista), Renato Casimiro e Luiz Carlos de Lima.
Dizem que a pior crítica sobre um trabalho literário é o silêncio.
Pelas manifestações, (inclusive de pais de santo) acho que não vou enfrentar esse problema.
A sorte do "escritor" está lançada.
Onde entrei, acho que dá para sair vivo.