Esta pode ser uma crônica para intranquilizar quem está chegando à idade de precisar de um emprego.
Em um dos seus artigos para jornal, a escritora Cora Rónai se reporta às preocupações do seu neto Fábio, de 14 anos, com a Inteligência Artificial.
Para nós que somos do tempo do rádio valvulado, telefone fixo, disco de vinil, telefonistas, ascensoristas, pinguins em geladeiras e outras coisas mais, o assunto é interessante.
O garoto acha que a IA vai acabar com os empregos e o homem vai se tornar supérfluo sobre a terra.
A jornalista discorda, argumentando que, "quanto mais sistemas, mais se precisará de pessoas para desenvolvê-los. As novas tecnologias criaram novos empregos".
O neto inteligente retruca: "Não. Os sistemas vão se desenvolver sozinhos. Eles ficarão muito mais inteligentes do que nós, capazes de aprender e evoluir. Vão se programar e consertar as próprias falhas”.
Eu, que mal consigo usar o celular, fico perdido, ao tomar conhecimento dos novos empregos criados para "tapar os buracos" deixados pelos avanços tecnológicos.
Projetista de robô, engenheiro de drones, designers de UX, especialista de ética de IA e por aí vai.
Paro por aqui. Para não aporrinhar mais a cabeçorra, vou me inteirar com os meus netos sobre isso tudo.