La Liga

Confira a coluna desta quinta-feira (24) do comentarista Wilton Bezerra

O presidente da La Liga espanhola, Xavier Tebas, deu um pulinho no Brasil para mostrar como deve funcionar uma entidade formada por clubes.

Para começo de conversa, ficou claro que uma Liga precisa ter controle financeiro dos clubes.

Negocia-se parte do capital da Liga com um investidor, o que vai possibilitar captação de dinheiro adiantado para os times, em troca de parte de receitas futuras.

Se entendi, esse modelo torna o investidor sócio do clube na Liga.

Entre outras coisas, a Liga determina os gastos dos clubes de acordo com suas contas.

Esses poucos detalhes (são muitos outros) do projeto da futura Liga,l alimentam muitas dúvidas sobre a viabilidade para os investidores, diante de clubes quebrados com dívidas impagáveis.

Mais do que isso, o comportamento individualista de gestores que, certamente, se sentirão peixes fora d'água no modelo proposto.

Nem por isso se deve abandonar a ideia da entidade forte dos clubes para dar um jeito no nosso futebol.

Em uma consultoria feita, há uns dois anos, constatou-se que o PIB futebolístico do Brasil é de quem trabalha melhor que os clubes: indústria de material esportivo, empresas de comunicação e fábricas de cerveja.

E o clube, razão de existir do sistema, gera somente 7% de todas as riquezas do futebol.

Na Europa, o poder e o dinheiro estão com os clubes.

Por isso, eles são fortes.

Existem Ligas fortes.