Futebol brasileiro demite um treinador por semana

Confira coluna do comentarista Wilton Bezerra

O Brasil é lembrado no mundo mais pelo exotismo do seu povo do que por qualidades outras não descobertas.

No futebol, temos hábitos diferentes e ruins, como ostentar cinco campeonatos mundiais sem ter, fora de campo, nenhum sinal de futebol organizado e profissional.

E daí? O negócio é tentar organizar o movimento, orientar o vendaval incontido das coisas esquisitas.

Gostaria de saber porque o nosso futebol parece se vangloriar de aparecer como o que mais demite treinadores no mundo.

Seria uma tese que não admite uma antítese, com desprezo por uma síntese, que, talvez, explicasse cientificamente essa tendência.

“Que nada, meu irmão, isso seria muita discussão para nossa pragmática conjuntura”, dirão os “entendidos”.

O garoto do placar tem mudado as placas que marcam a vida dos treinadores no Brasil, apontando para os números atualizados da máquina de moer técnicos.

Times da elite somam 16 trocas de treinadores no ano e uma demissão por semana.

E trazendo uma novidade: Roger Machado foi “prestigiado” e despachado do Bahia, por meio de comunicado do presidente Belinttani nas redes sociais.

Na verdade, esses fatos até perderam um pouco de sua antiga atração.

Pelo visto, o futebol brasileiro precisa de uma bússola que o oriente, a não ser que o exotismo seja a parte que interesse preservar.