Pelo estilo solidário de atuar, os jogadores do Independiente, adversário do Fortaleza, neste dia 27, no Castelão, preferem trabalhar, ao invés de jogar.
Ou se joga por prazer ou se trabalha, apenas, privilegiando o esquema tático.
A proposta de pura eficiência dos argentinos impõe um protagonismo coletivo e uma obediência de manual, substituindo o requinte na disputa.
Os argentinos demonstraram, no primeiro jogo, que não precisam de muito tempo para recuperar a respiração, depois de um esforço. Se entregam de tal forma, como se não existisse o amanhã.
Ao Fortaleza, cabe procurar uma maneira de interromper esse ímpeto, com o uso de “direção hidráulica” pelos seus jogadores. Afinal, futebol é mais jeito do que força.
Se o tricolor permitir o jogo “lá e cá”, vai beneficiar o estilo dos hermanos.
Rogério Ceni tem que buscar alternâncias táticas que fragmentem a rotatividade da equipe argentina.
A marcação alta e um pouco de cadência, como “freios” para a alta velocidade do jogo, podem ser estratégias decisivas. Afinal, o Fortaleza não pode deixar de ser impositivo, porque joga em casa.
As estatísticas, que ganharam o poder de profetizar, apontam que 70% dos mandantes ganham os jogos.
Quanto à essa crise do Independiente, convém lembrar que grandes e tradicionais equipes têm um poder de recuperação movido por uma energia cuja medida a gente desconhece.
Qualquer que seja o resultado, o Fortaleza nos terá bem representado na Sul-Americana.