O Fortaleza colocou Ronald, ao lado de Juninho e Felipe, para dar consistência a um 4-3-3, que garantisse a Osvaldo, pela esquerda, Deivid, pelo meio e Romarinho, vindo um pouco da linha de articulação. A prioridade para que os ataques fossem apoiados com segurança.
O Ceará, interessante, teve a volta oportuna de Fabinho, ao lado de Charles, e abriu um 4-3-3, completado por Vina, colocando, pelos lados, Fernando Sobral e Leandro Carvalho, e fixando, no centro, Rafael Sóbis. Fez valer mais autoridade no jogo, ao sustentar uma marcação alta, que o Fortaleza aceitou.
Uma aplicação tática muito mais próxima do 4-3-3 puro, onde os três jogadores de frente tinham obrigações quase que exclusivamente ofensivas.
Claro que, hoje não é, e nem poderia ser assim, mas, circunstancialmente, o alvinegro fez isso e acabou desestabilizando as ligações entre meio-campo e o ataque do Fortaleza.
Fernando Sobral e Tiago Pagnusat tiveram duas oportunidades de marcar, principalmente, o primeiro, que finalizou muito mal uma jogada elaborada na linha de fundo.
Mas, com futebol, não dá tempo de julgar que está assim ou assado e, aos 37 minutos, Bruno Melo finalizou a bola e a cabeça de Bruno Pacheco, num escanteio cobrado por Juninho, abrindo a contagem para o tricolor.
No afã de responder rápido, o Ceará ainda deu terreno para Romarinho quase marcar o segundo, antes que Rafael Sóbis empatasse nos descontos.
Carlinhos e Alisson substituíram aos Brunos, depois da acidentada jogada, que gerou o prmeiro gol do jogo.
Na fase final, principalmente, depois da “feira de trocas”, o time do Rogério Ceni conseguiu uma posição mais equilibrada e, posteriormente, até melhor que a do Ceará.
Gabriel, no posto de Felipe, e a entrada de Tinga, foram boas alterações, para compensar o mau desempenho de Romarinho, que ligou nada a coisa nenhuma, sem se falar em Deivid, que voltou a ser inexpressivo.
Os dois tiveram importantes participações e Tinga acabou marcando o gol da vitória, aproveitando uma sobra de bola da defesa alvinegra.
Iúri César, Wellington Paulista e Fragapane deram ao tricolor uma forma mais inteira de vitalidade, enquanto, no Ceará, Ricardinho, Bergson e Mateus Gonçalves não acrescentaram.
Nos dez minutos finais de jogo, foi visível o maior desgaste do alvinegro, que não conseguia sequer segurar a bola mais na frente, o que seria um refresco para os defensores. Mas, pulmão conta muito na reta de chegada de uma partida.
Dentro das dificuldades impostas pela situação alucinante vivida pelo futebol, até que o clássico foi bom.