O primeiro tempo foi fácil para o Fortaleza ao enfrentar um desconcertado Athletico do Paraná.
Na mistura de velocidade com pressa, os atleticanos concediam enormes espaços para o tricolor ao saírem para o ataque.
Some-se a isso duas pixotadas do goleiro Santos, inaceitáveis para um goleiro de seleção.
Pela falta de uma técnica mais apurada de alguns jogadores para jogadas coletivas, as chances de um placar mais folgado foram desperdiçadas pelo Leão.
O Fortaleza não precisava nem burilar as jogadas com troca de passes para o envolvimento. Bastava a bola longa e o problema estava criado para a defesa paranaense.
Ficou no inseguro um a zero. Talvez imaginando que no segundo tempo nenhum embaraço pudesse existir.
Mas não se deve duvidar do que é capaz um desesperado.
Depois que o Fortaleza teve um gol de Bergson anulado aos oito minutos por posição irregular de Romarinho, foi como se um marco fosse fincado ali para reação do Athletico.
Com a entradas de Abner e Cristiano, o time paranaense fez entrar Carlos Eduardo, jogador importante da reviravolta, que igualou o placar aos dezesseis minutos.
A partir daí o jogo se transformou em um inferno para um desnorteado Fortaleza diante de uma pressão em forma de furacão. O Tricolor não resistiu.
Defesas arrojadas de Felipe Alves, bolas na trave, chances perdidas pelos donos da casa e uma freqüência constante de ataques atleticanos desaguaram no gol de Kayzer, já nos descontos.
As alterações feitas por Rogério Ceni na tentativa de dar um freio no adversário tiveram o efeito de um risco n’água.
Foi correto o resultado para o Athletico, e o tricolor fez um péssimo segundo tempo.