Fernando Diniz, um treinador que pede pesadelo

O treinador do São Paulo bebe na admiração por Guardiola, não consegue saciar a sede e pouco abre mão dos conceitos do espanhol.

Posse de bola, troca de passes, protagonismo, ocupação do campo inimigo, com o perde-pressiona, jogadas iniciadas entre zagueiros e goleiro suprimindo o chutão.

Levou o Audax, de Osasco, à primeira divisão paulista, disputou e perdeu o título em 2016 para o Santos, e a seguir caiu para a divisão A2 do Paulistão.

Audax, do latim, significa audacioso.

No Oeste, pôs em prática o 3-4-3, o WM do inglês Herbert Chapman no começo do século passado, modificado e extremamente ofensivo.

Os seus conceitos não foram bem entendidos no Fluminense e Atlético Paranaense, e ele acabou sendo dispensado, embora conseguindo alguns resultados positivos.

Contratado pelo São Paulo, Fernando Diniz continuou flertando com os pesadelos do futebol.

Foi despachado do certame paulista pelo Mirassol, da Libertadores, pelo River Plate e, para aumentar as noites mal dormidas, da Sul-Americana pelo Lanus, da Argentina.

Raí, ex-craque são-paulino, diretor de futebol, é que tem sustentado Diniz na direção técnica do tricolor, como parceiro nas tempestades e pesadelos.

Mesmo dirigindo um time que vende o seu futuro para pagar o passado, o treinador levou o São Paulo à liderança do campeonato brasileiro, com as revelações da casa: Igor, Gabriel Sara, Diego, Bruno, Brenner e outros.

Vencer o campeonato brasileiro, que lidera no momento, seria um ponto final nos pesadelos.