Se posse de bola maior, volume de jogo e iniciativas fossem reproduzidos em gols, a angústia dos times sofreria um forte ataque.
O Fortaleza teve tudo isso em São Januário, mas não conseguiu vencer o Vasco da Gama.
Claro que em tudo isso há recorrência da bola parada em faltas e escanteios na busca de resolver o problema da falta de profundidade das jogadas de ataque.
O melhor lance de gol foi de Bruno Melo pegando de cabeça uma jogada aérea, em que Fernando Miguel fez uma grande defesa.
O Vasco da Gama apareceu com um 3-5-2 que se esfarinhou, se transformando num aglomerado de jogadores solidários na tarefa de marcar.
A única ação do time no ataque foi uma cabeçada de German Cano, por um cochilo de marcação da defensiva tricolor que resultou numa defesa de Felipe Alves.
Na segunda fase, o Vasco teve remorso por jogar tão defensivamente no primeiro tempo e projetou algumas beliscadas no ataque, sendo a mais perigosa com Torres, em nova defesa do goleiro do Fortaleza.
Nenhuma escoriação mais séria produzida pelos cruzmaltinos.
O time do Chamusca flertou com o gol defendido por Fernando Miguel em três oportunidades com Bergson.
Numa, o goleiro do Vasco fez grande defesa e nas outras duas o Bergson se atrapalhou, uma delas em bobeada de Andrey.
O Fortaleza se empenhou, marcou bem durante o jogo todo e não pode considerar que foi premiado com o 0 a 0.
Infelizmente tenho de apelar para um lugar comum: “se me fosse dado o direito de escolher um vencedor, ficaria com o Fortaleza”.
Lugar comum deveria ser crime inafiançável.