Em busca de um novo Campeonato Cearense

Confira a coluna desta sexta-feira (14) do comentarista Wilton Bezerra

Cansados de uma Football League, nanica e corrupta, os principais clubes ingleses formaram a Premier League, hoje, a liga mais popular do Mundo, com jogos transmitidos por 80 redes de televisão em mais de 200 países.

Nas temporadas de 2017-2018, a média de público foi de 38.297, uma das mais altas do Mundo, numa competição que é modelo e onde todos ganham. Um sucesso técnico e financeiro.

No Brasil, afora a Liga do Nordeste, que lutou para não sucumbir à perseguição da CBF, as tentativas de formação de ligas viraram água por covardia de dirigentes.

Penso nesses acontecimentos, quando vejo o campeonato cearense, à falta de um esforço maior de clubes e federação, esfarelar-se, neste 2021, com as pequenas equipes virando pó, ao cumprirem uma programação apenas protocolar.

Não é possível que times e federação não se conscientizem de que uma competição, com três meses de duração, seja viável de modo a atender o interesse de todos, principalmente do público consumidor.

Por que não um acordo de bom senso na formatação, por parte de uma empresa competente (ou coisa que o valha), de um certame bem negociado com televisão e patrocinadores, afora outras ideias financeiras que fortaleçam as menores equipes?

Ou se faz uma revolução no sentido de realizar um certame de verdade, ou melhor será entregar os pontos, por uma confessada incompetência.

Insuportável é acompanhar a ladainha anual em torno de um certame que nada mais representa em matéria de disputa e, muito menos, de negócio.

Isso que está aí é uma miséria, morte lenta, mixórdia.