Dimensões da vida

Confira a coluna deste sábado (2) do comentarista Wilton Bezerra

A gente vai a escrever e abordar vários ângulos de um mesmo assunto.

Isso, enquanto o "papa-fígo" não ameaça dar as caras.

Sempre fumei, bebi e comi muito, consciente dessas inadequações e das consequências que isso teria.

Sabedor, portanto, da obrigação de "pagar imposto" por essa volúpia.

Se o desregramento foi "fazer tudo para morrer", não sei como ainda estou vivo para contar histórias e escrever crônicas.

Sabem de uma coisa? Sem esses "pecados", tenho certeza de que minha existência teria sido titica de galinha. 

A vida é uma festa e não tenho notícia de nenhuma festa que se preze sem um pouco de loucura.

Fi-lo porque qui-lo.

Até os dias de hoje, não me socorri de nenhuma receita existencialista.

Mesmo porque, nunca soube bem o que isso queria dizer.

Hoje, a idiotice tomou conta dos que se deixam levar pelos influenciadores.

Até para fazer uma pose, se consulta manuais produzidos por essa gente.

A vida não tem um roteiro concreto, é uma permanente adaptação entre o bom e o ruim.

Sou minimalista e me vejo assim, quando me expresso.

Busco ir direto ao ponto, sem maiores floreios e  rebuscamentos, para me fazer entender.

Segundo Graciliano Ramos, a palavra serve para explicar e não para enfeitar.

A ideia de ser um cronista generalista, sempre, me acompanhou.

Agora, que esta croniqueta exalou cabotismo, não tenho dúvidas.

Dose pra mamute.