Seja quebrando tabu (vencendo o São Paulo, no Morumbi) ou tirando a invencibilidade do bom time do Bragantino, o Fortaleza avança, com autoridade, no campeonato brasileiro.
Não tem nada de ufanismo, nessa constatação.
O Tricolor marcou o Braga, na saída de bola, com Robson, Ígor Torres e a chegada de Vargas, e alternou, reagrupando-se, quando perdia a bola, tirando os espaços do time paulista.
Abriu a contagem cedo, aos 13 minutos, em uma bola enfiada de Igor Torres para Pikachu, que arrumou para Robson se igualar a David na artilharia tricolor.
O chute de Praxedes, no travessão do Fortaleza, se deu por conta de uma rebatida defeituosa de Jussa para o meio de sua própria área.
Só que o Fortaleza, melhor em campo, deixou como “agrado” uma finalização de Pikachu, que se chocou com o travessão de Cleiton, em jogada ensaiada na cobrança de escanteio.
Isso, no primeiro tempo de poucas oportunidades de gol de lado a lado e de uma disputa áspera de jogo em um gramado escorregadio.
Destaque-se a grande atuação de Crispim.
Na fase final, os dois times se anularam por meia hora de jogo, e, depois buscaram mudar o cenário, com modificações.
Ronald entrou bem e propiciou duas oportunidades para Pikachu e Osvaldo saírem artilheiros da partida.
O que não bateu com o espírito de Vojvoda foi a saída de um atacante (Ígor Torres) para a entrada de um zagueiro (Jackson), que quase dá uma “entregada”.
No finzinho, Boeck fez uma grande defesa, impedindo que as tais estatísticas de jogo fossem contrariadas.
No mais, ressalte-se a bela combinação para cobertura dos três zagueiros, o rojão imprimido por Éderson, no meio campo, e Robson que, além do gol, fugiu constantemente da marcação, sem se esconder.
Vai ver o Fortaleza está, de novo, com Amok (doença que enfurece os elefantes), passando por cima de quem se apresenta em seu caminho.
Faltou mais força ao Alvinegro
Embora com uma marcação permanentemente alta, faltou ao Ceará mais aceleração para derrotar o Sport, na Ilha do Retiro.
As tentativas de furar o bloqueio defensivo do rubro-negro pernambucano repousaram mais nas arrancadas de Rick e nas tentativas individuais de Lima, pelo lado esquerdo.
O apoio, pelos lados, com Robinho e Bruno, foi brando, se considerarmos a necessidade de uma ação de extrema mais intensa, que abrisse espaços para os homens de meio-campo.
Com Marcão e Welison, à frente da entrada de área, e mais Tiago Lopes, o Sport tinha, no mínimo, sete homens postados no último terço do campo defensivo.
Rick fez uma boa jogada, driblando dois adversários para finalizar mal, e pouco depois jogou fora a melhor chance alvinegra, em jogada urdida por Fabinho e Fernando Sobral.
O segundo tempo teve mais chuva do que futebol.
Vina entrou em lugar de Jorginho, não fez evoluir as jogadas de criação e as demais alterações introduzidas por Guto Ferreira ficaram na base do “entra nada e sai nada”.
O Sport chutou uma única bola em direção ao gol do Ceará, com o volante Marcão.
Pelo visto, o alvinegro vai empatar jogos até enjoar.
Apesar disso, a posição de sétimo colocado é considerada boa.