Completo hoje, 29 de setembro, 74 anos

Confira a coluna desta quinta-feira (29) do comentarista Wilton Bezerra

O rosto mapeado pelas rugas confirma isso.

Afora a tontura e a vista turva, resultantes da labirintite, diabetes alto e dores lancinantes nas pernas provocadas pela neuropatia, vai tudo bem.

Tão bem que até me sugerem encarar as coisas com otimismo.

Acho mesmo que é por aí. E vou em frente.

Como costumo dizer: "Nós não fazemos aniversários. Eles é que nos fazem e desfazem, mastigados pelos dentes dos minutos e das horas." 

Gostaria de me transformar, hoje, em um homem alado, munido de um controle remoto da memória e voar sobre lugares que habitei, nessa longa caminhada da vida.

Um outro desejo de quem já dobrou o cabo da desesperança dos 74 anos,  é o de  permanecer mais um bocadinho entre os viventes, para conhecer as descobertas dos novos tempos.

Vejam a minha imagem pelo traço do chargista Lincoln.

É isso.