Vivemos a era de imposturas aceitas como verdades.
Tempo das "celebridades" e "sub-celebridades".
Vá lá que "viver é ser notado", mas o que vivenciamos virou uma espécie de enfermidade.
Qualquer pé rapado imagina que o Mundo está de olho nele.
Aí, a luta pelo holofote vale três pontos.
Se houver necessidade, com prorrogação e cobrança de penalidades.
Nunca, em tempo algum, as pessoas fizeram tanta força para parecerem o que não são.
Os portadores desse "distúrbio" são cheios de afetações e se tornar "inacessível" faz parte do jogo de cena.
Quando essas afetações começaram foi como surgimento de uma "droga nova", para entorpecer as pessoas.
As overdoses desse negócio se tornaram uma constante.
Já os que são verdadeiros, celebrados pelo valor e talento no que fazem, dão lições de humildade.
Tem-se a impressão de que a aproximação com essas entidades exige papos profundos e intelectualizados.
Nada disso.
A conversa é simples porque a celebridade autêntica tem a alma simples.
Tive muitas experiências, nesses aspectos, ao entrevistar grandes nomes da música e do futebol.
Se diante delas ficamos, a princípio, desconcertados, isso se desmancha com o contato.
Já falei de uma entrevista feita com Roberto Carlos em que ele próprio viabilizou o meu trabalho.
Exemplo assim deveria servir para muita gente "baixar a bola", nessa tentativa tresloucada de fingir ser o que não é.
Alguém já definiu o que é celebridade: uma pessoa conhecida por ser muito conhecida.