Pelo o título, tem-se a impressão de que o alvinegro enfrentou um Palmeiras arrasador, dos tempos da Academia do Parque Antárctica, com Ademir da Guia como reitor.
O herói da resistência, apesar da derrota, ainda foi o Ceará, que desembarcou em São Paulo com problemas para ninguém botar defeito.
Sem quase toda defesa titular e mais ausência de jogadores fundamentais para equipe como Vina e Fernando Sobral, tomou um gol aos dez e empatou seis minutos depois.
Mais do que isso: fez uma partida com altivez.
Fabinho (grande primeiro tempo) iniciava as jogadas com Pagnussat e Brock, abrindo para receber e sugerindo a Alisson e Eduardo uma ordem de avançar.
Charles se projetava para o campo contrário, contava com uma boa participação de Wescley, e uma razoável contribuição de Felipe Silva.
Infelizmente, um desconectado Cléber acabou perdendo oportunidades por falta de tomadas de decisões mais fortes.
O Palmeiras, para lá de comum, jogava com Rony e Wesley abertos pelas extremas. William Bigode, que mal pegava na bola pelo meio, não exerceu nenhuma pressão incessante que mexesse seriamente na estrutura defensiva do Ceará.
Ao mesmo tempo, não tirou espaços para o Ceará jogar, não se fechou hermeticamente e permitiu a chegada do alvinegro, que infelizmente não teve a participação de um esgotado Leandro Carvalho.
Na segunda fase, o Ceará, por orientação ou cansaço, recuou demasiadamente, deu campo para um Palmeiras nem um pouco brilhantes nas tramas, num momento em que não era incomodado.
As entradas de Jacaré, Lima e Rafael Sóbis representaram um pequeno sopro de esperança de um equilíbrio no jogo, o que não se materializou.
Jacaré e Sóbis ainda tiveram duas oportunidades e ficou somente nisso.
E, aí, já sabemos o desfecho: o Palmeiras fez o segundo com William e ficamos nós na mesma narrativa de que, pelo empenho, o Ceará merecia resultado melhor.
A próxima pedreira é o Athletico, no Paraná.