Não tem jeito: nenhum segmento da vida nacional está imune à presença do bandido, do malfeitor.
No futebol, essa infiltração já gerou mortes e funciona como uma espécie de aftosa.
Ausente por alguns períodos, basta que um novilho pule uma cerca, se misture, para o mal se alastrar.
É assim com a bandidagem: dá um tempo e, depois, reaparece com toda a fúria dos celerados.
Jogadores do Bahia tiveram o ônibus atingido por bombas que, por pouco, não levaram jogadores dessa para outra.
O Gre-Nal foi cancelado em Porto Alegre porque a deleção do Grêmio teve o ônibus apedrejado.
O entorno do futebol como caso de policia, por não se tratar de problema criado por quem se desloca para os estádios, com o fito de torcer.
Essa reação contra delegações de jogadores é coisa de bandido.
Gente (se é possível ser chamada assim) que, há muito tempo, já deveria ter sido alijada à pauladas.
Ora, se o próprio torcedor já carrega uma certa enfermidade (torcer é diferente) no ato de se relacionar com o seu clube, imagine o que se deve esperar do bandido.
Se me perguntarem sobre o que vai ocorrer em termos de providências, responderei: nada.
Ou quase isso: notas de repúdio, anúncio de medidas de segurança, protestos efêmeros como as espumas.
Mesmo porque, a insegurança no Brasil não é “privilégio” apenas do futebol.
Cada um por si, Deus por todos.